segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Maquinanda vista de fora (via Mozelos)

Eis uma visão estrangeira de um país que definha (Portugal), vinda de França mas com passagem por Mozelos. E estão 3 biliões de euros à distância de uma rolha... (e meia dúzia de quilómetros)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Maquinanda Deliciosa

"Se não são os cús nas margaridas, são as margaridas no cú!"

Hieronymus Bosch ou “El Bosco” (1450-1516)
Tríptico - “O Jardim das Delícias- pormenor

Pintura Medieval / Óleo sobre painel de madeira / Arte Flamenga
Local de realização: Flandres – Bélgica / França / Holanda
Data: início do século XVI (1504, provavelmente); algumas citações datam de 1500-1505
Painel central: 2,20 × 1,95 centímetros. Painéis laterais: 2,20 × 97 centímetros.
Procedência: Acervo de Felipe II.
Museu Nacional do Prado, em Madrid – Reino da Espanha, desde 1939.

Maquileaks (ups....)

Sobre os voos da CIA, que parece que afinal até sabíamos da existência dos mesmos...
INTERNATIONAL MILITARY ENGAGEMENT
---------------------------------

4. (SBU) The Portuguese government provides liberal access to
Portuguese air and seaports for U.S. military operations in
support of our efforts in Iraq and Afghanistan. This year
2,557 U.S. military aircraft have flown over
Portuguese-controlled airspace and 1,103 have transited
through Lajes Air Base in the Azores.

Fonte: el pais

Mas sobre Chavez, diz-se isto...

E.O. 12958: DECL: 10/01/2018
TAGS: PREL, PGOV, PO
SUBJECT: (S/NF) PORTUGAL: "WE KNOW CHAVEZ IS A CRAZY MAN
BUT..."

When we raise U.S. concerns over policies implemented by the Chavez administration, our interlocutors regularly assure us that they understand our concerns and use the visits to deliver tough messages in private.President Cavaco Silva summed it up when he told Ambassador (ref A) that, "You have to understand our position. We have five hundred thousand (sic) Portuguese there. We know--and I've met him--that he's a

LISBON 00002629 002 OF 002

crazy man, but..."
Fonte: el pais

Sobre o Millenium... ups outra vez!

3. (C/NF) On February 5, Poleconoff met with Carlos Santos Ferreira, Chairman of the Executive Board of Millennium BCP (formerly the Portuguese Commercial Bank), at the request of Ferreira's advisor who is a longtime contact of the Embassy. Ferreira
discussed a proposal by the Iranian banking sector to establish a relationship with Millennium to further trade and commercial opportunities. He noted that Iran has other options in Europe but may be interested in Portugal for its less restrictive regulatory environment. (Iran already has relations with various European banks, including HSBC, Deutsche Bank, Danske, and Banque Commercial de Placement.) Ferreira insisted that while the costs of the Iranian proposal could outweigh the benefits to Millennium, the bank would be open to establishing a relationship with Iran in
order to help the USG track the financial activities of the Iranian government.

fonte: el pais

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Wikileaks (parte II)

Do you want to know a secret?

(Pela primeira vez, este post é uma réplica do que aconteceu aqui ao lado...)

parte do artigo está disponível no site da TIME: aqui

"A Wikileaks publica sem medo factos que devem ser tornados públicos. Usamos a internet como novo meio de revelação da verdade. Inaugurámos um novo tipo de jornalismo, o jornalismo científico. Trabalhamos com outros media para levar as notícias às pessoas, mas também para provar a verdade ? depois de ler a análise jornalística, é possível consultar o documento original".

"As sociedades democráticas precisam de media fortes, e o Wikileaks faz parte disso. A imprensa ajuda a manter os governos honestos. O Wikileaks revelou algumas verdades inconvenientes sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, e revelámos histórias de corrupção em grandes empresas.
Não sou contra as guerras, mas sim contra que os governos mintam às suas populações, que lhes peçam que ponham as suas vidas em risco".

"Além de nós, alguns jornais publicaram alguns documentos em estreia cooperação. Mas apenas nós fomos atacados e sofremos acusações do governo norte-americano, até fui acusado de traição, mesmo sendo cidadão australiano. Dizem que devo ser caçado, como Sarah Palin, ou mesmo assassinado.
Estão a tentar matar o mensageiro ? sem atingir os jornais, porque esses já têm tradição enquanto o Wikileaks não ? por dizer a verdade."
julian assange

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Maquinanda na máquina do tempo...

É impressão só minha, ou já andamos todos a pagar 2,5 cêntimos por cada litro de combustível,
desde 2005, para as Scuts?? Eis a capa do DN de meados de 2005...
Então agora ainda querem que voltemos a pagar, por uma coisa que já está a ser paga por todos os portugueses à vários anos? A pergunta é: para onde está a ir o dinheiro? Terá ido para os submarinos, ou terá sido para pagar Magalhães? O mais certo é ter sido reencaminhado para o BPN ou para a reforma de um dos boys...
Gentalha de merda esta corja de políticos que nos continuam a sugar!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Banda sonora para a um dia de greve geral...



"Nothing suffocates you more than
the passion of everyday human events
and isolation is the oxygen mask
you make your children breath in to survive

and I'm not a slave to a god that doesn't exist
and I'm not a slave to a world that doesn't give a shit

and when we were good, you just close your eyes
...so now we are bad...we'll scar your mind

FIGHT FIGHT FIGHT FIGHT
FIGHT FIGHT FIGHT FIGHT

You'll never grow up to be a big rock star
Celebrated victim of your fame
We'll just cut our wrists like cheap coupons
and say that death is on sale today

and when we were good, you just close your eyes
...so now we are bad...we'll scar your mind

and I'm not a slave to a god that doesn't exist
and I'm not a slave to a world that doesn't give a shit

The death of one is a tragedy
The death of one is a tragedy
The death of one is a tragedy
The death of a million is just a statistic

and I'm not a slave to a god that doesn't exist
and I'm not a slave to a world that doesn't give a shit

and I'm not a slave to a god that doesn't exist
and I'm not a slave to a world that doesn't give a shit

FIGHT FIGHT FIGHT FIGHT
FIGHT FIGHT FIGHT FIGHT"

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Maquinanda em forma de seio

Simplesmente inacreditável! Aconteceu na América e só lá poderia ter acontecido, pois ao que se consta, uma mulher foi despedida apenas e só por ter seios demasiado generosos! Este mundo já não é o que era antes...

"Já os colegas de trabalho da americana pediram-lhe para tapar o peito uma vez que, durante as reuniões, não conseguiam ver nada a não ser os seus seios."
(esta situação faz-me lembrar alguém...)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Relax Maquinanda, relax...

Numa altura em que tudo à nossa volta surge mais confuso do que nunca, entre défices, juros, FMI, cimeiras da NATO, vulcões, terramotos e aflições, mais vale relaxar e deixar a música fluir... para usufruir da vida que acontece lá fora.


Open Your Eyes
Said The Man In My Dreams
Open You Heart
Said The Woman
Unpick The Seeds

Take A Boat Across The River Of Your Mind
Take A Chance Get Your Wish And You Will Find A Place Where You Can Be Free
Where The Dew Tastes Of Honey And The Trees Bear The Fruits Of Love

As A Small Child I Dreamed Of Trees
Of The Open Fields And Autumn Leaves
Strawberie Sunsets The Blue Of The Sea
There Was A Whole World Inside Waiting For Me

Take A Boat Across The River Of A Mind
Take A Chance Get Your Wish And You Will Find A Place Where You Can Be Free

Where The Dew Tastes Of Honey And The Trees Bear The Fruits Of Love

As A Woman Now I Dream Of Peace
Of Adding Most Sense Naivity
Still Im My Dreams My World Is At Ease
All The Colors Of Life Reflecting In Me

Take A Boat Across The River Of A Mind
Take A Chance Get Your Wish And You Will Find A Place Where You Can Be Free
Where The Dew Tastes Of Honey And The Trees Bear The Fruits Of Love


Love Love Love Love
I Feel Love

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Maquinanda mecânica

“The best engine in the world is the vagina. It can be started with one finger. It is self-lubricating. It takes any size piston. And it changes its own oil every four weeks. It is only a pity that the management system is so fucking temperamental!”

(1912) Dr. Hermann Otto Kloepneckler – Austrian gynecologist

sábado, 30 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Maquinanda (sem portagem) em 1000 kms!

- Eixo norte-sul (todo)
- A1 (entre Lisboa e Alverca)
- A2 (entre Lisboa e Coina)
- A5 (entre Lisboa e Porto Salvo/Oeiras)
- A8 entre (Lisboa e Loures)
- A23 (toda)
- IC2 (todo, entre Lisboa e Póvoa de S.ta Iria)
- IC2, (todo, entre Almada e a Costa de Caparica)
- IC17/CRIL (todo)
- IC19 (todo, entre Lisboa e Sintra)
- IC21 (toda, entre Coina e o Barreiro)
- IC32 (toda, entre a A2 (Coina) e Alcochete)

Ora aqui estão alguns exemplos de estradas com perfil de auto-estrada, na zona da Grande Lisboa, que prefazem cerca de 1000 kms, onde não se paga portagem, nem se prevê que venha a acontecer. Percebe-se, é uma região desfavorecida do país, com poder de compra muito abaixo da média nacional...
O mais romântico deste conceito de discriminação positiva, é que por terras da capital o conceito de IC (Itinerário Complementar) continua a existir, ao passo que no Norte (essa terra de gente rica), os IC's desapareceram de um dia para o outro, sendo substituídos por Auto-Estradas; não se construíram vias novas, apenas e só trocaram as placas por umas novas azuis a dizer A29 (ex IC1), A28 (ex IC2) e A41 (ex IC24), numa clara manobra visionária deste governo! Já para não falar de certos de determinados troços, agora portajados, que foram construídos sobre antigas estradas municipais e estradas nacionais. Os moradores da zona de Francelos (V. N. Gaia), que o digam, que perderam a EN 109 com a construção do antigo IC1 (actual A29), exactamente por cima do seu traçado anterior e agora se vêem obrigados a pagar portagem para levar as garrafas à reciclagem, ou os miúdos à escola. Isto já para não falar que todos os condutores que tentam escapar a primeiro portal da A29 (sentido Gaia - Aveiro), acabam inevitavelmente por passar às suas portas, numa verdadeira alternativa com piso em paralelo e com uma largura em alguns pontos superior a 5 metros (ainda bem que esta freguesia no limiar da ruralidade não tem passeios para os peões...).
Mas os casos estranhos não se resumem à população de Francelos, acho que ainda ninguém se apercebeu que os habitantes de Espinho, para se deslocarem ao seu hospital, o centro hospitalar Espinho/Gaia (em Vila Nova de Gaia, porque o serviço de urgências de Espinho foi encerrado), apenas têm como caminho para lá chegar, pasmem-se... a A29!! Ou seja, em caso de urgência hospitalar, convém ter uns trocos no bolso ou um DEM, para pagar a taxa aos bombeiros ou aos senhores do INEM!

De facto, neste país das maravilhas, uns são filhos e outros são filhos da puta...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Oh Maquinanda... Just Fuck Me!



Cherry Bikini are an underground electronica/electro-pop duo comprised of international bad-asses Sophie Boscallini and Armand Abagliani. Both Armand and Sophie moved around a lot in life. Armand lived most of his life in the United States, Sophie - in Europe. Somehow, both ended up in Paris at the turn of the millenium, where they met through some mutual friends who wanted to start a band. The band didn't pan out, but the musical chemistry between Armand and Sophie was so strong, they decided to pursue their own thing, giving birth to Cherry Bikini.

Their first CD, Cherry Bikini, recorded in Armand's apartment in Paris with little more than an 8-track, some sample software, and a budget of about $50, has since become a classic in the sextronica (electronica about sex) music sub-genre (a sub-genre which the duo helped to pioneer back in 2002) with such infamous songs as "Just Fuck Me", and "Come So Hard". A whole lot of downloads and some college radio play helped fuel CB's notoriety, as did their appearance on several compilation albums.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

República Wars?

Não que seja monárquico, eu é mais bolos, mas pelos vistos a censura continua a andar por aí e nem no dia da celebração da república, se deixou ficar por casa! Esteve ali para os lados da baixa de Lisboa e visou sobretudo confiscar todos os artigos de merchandising da célebre saga cinematográfica Star Wars, que alguns malucos (mas de elevado bom gosto) envergavam, perante tamanha patifaria que foram as celebrações do centenário da república! Ora se a senhora faz 100 anos, anda amparada pelas muletas da Europa, sofre com a doença crónica de falta de honestidade e transparência de quem a (co)manda, espera pacientemente que o FMI a mande entrar no consultório para fazer um exame rectal de modo a retirar toda a merda acumulada, fará sentido andarem para aí a esbanjar dinheiro a celebrar a sua pobre e triste existência moribunda? Isso na minha terra é crime, pois não se goza com os mais velhos.
Penso que certamente seria mais vantajoso investir em algo mais prático, tipo... portais para a cobrança electrónica de portagens, aeroportos, linhas de TGV, mais subsídios de ajuda de custo para aqueles deputados que não conseguem viver com uns míseros 60 € dia, viagens para a filha do maestro (continuo a gostar daqueles croissants que ela traz lá de terras de França todas as semanas), uma nova frota de carros de luxo para o executivo do governo... Sei lá! (tirada a Margarida Rebelo Pinto, eu sei...)

Enfim, não entendo que tipo de ameaça o Darth Vader poderá representar para a cerimónia que por ali acontecia, mas que fica muito mal numa república dita democrática, os senhores dos óculos escuros armados em agentes da CIA virem arrancar as máscaras ao pessoal, lá isso fica! Que tal apresentar uma queixa no Tribunal Internacional dos Direitos Humanos, por discriminação e repressão de um dos valores fundamentais da república, o direito à manifestação e à livre opinião? Caso achem que esta hipótese poderá ser igualmente castrada pelas "forças ocultas" da nossa moribunda república, deixo-vos uma sugestão: para a próxima, levem antes umas máscaras de Salazar, acho que tem mais haver com o género político de quem vai lá estando.



Após este desabafo em forma de post, aguardo a qualquer momento que me seja dada ordem de prisão... Viva a República portanto!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

I'm out of time, I'm out of fucking time! (Le Tigre)

Le Tigre .: website

Como te disse a algum tempo atrás, durante uma das nossas "vulgares" noites de copos, a falta de tempo provoca a cadência reduzida dos meus contributos para a nossa filha Maquinanda. Para além de pontuais e espaçados no tempo (em demasia), acabam por ser todos curtos e directos (sem que isso implique menos substância é certo), julgo eu, neste meu entender de síndrome de sexta-feira à tarde, em modo férias é certo. Graças ao síndrome, permito-me pois partir para uma reflexão, um pouco mais desenvolvida que as anteriores, porque apesar de o tempo ainda ser escasso, hoje sinto que efectivamente estou em total poder da minha própria agenda.

Depois de uma brusca passagem de Vive La Fête, para uma singela e quase puritana Katy Perry, nada melhor do que mais uma volta de 180º, ainda e sempre acelerando em direcção ao electro (seja lá o que isso for afinal). Ao mesmo tempo que ouvia a dita banda, existiam outras coisas a rolar no cassete do meu falecido Seat Ibiza, nomeadamente Le Tigre. Penso já te ter referido este nome, mas penso nunca ter dado a ouvir esta banda norte-americana (porque em terras do Tio Sam nem todos vivem de e para o designado star system), fundada em 1998 e que acabam por ser de certa forma uma espécie de pioneiros na cena electroclah americana; importa que refira, que entendo o electroclash como um movimento musical tipicamente europeu, urbano e electrónico, daí o factor novidade destes Le Tigre que surgem de certa forma descontextualizados no espaço e tempo, do panorama musical do final da década de 90. Os Le Tigre são formados por três elementos, Kathleen Hanna, Johanna Fateman e JD Samson.
Esta música que aqui apresento, Deceptacon, é de certa forma aquela que eu acho que melhor representa a designada banda, vamos a isso portanto pois lá no fundo I'm out of time, I'm out of fucking time!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Maquinanda Maquilhada!

Para ouvir, curtir e dançar com o som bem alto! (esta que foi tirada directamente do baú e à qual nem é necessário retirar as teias de aranha). Para mim é definitivamente uma canção do passado, mas sem a qual o presente e o futuro seriam ambos mais sombrios e agrestes.
Esta é daquelas que sabe bem ser desfrutada numa qualquer discoteca underground, repleta de fumo e de pessoas, com "n" strobrers a rasgar, porque Vive La Fête dentro das nossas cabeças!
(sim, começo a atingir a insanidade devido à falta de férias); estou sentado no escritório a trabalhar e a minha cabeça teima em dar festas de electro para mim próprio... Só posso mesmo dizer, que a selecção musical tem estado do melhor!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A tal Maquinanda!

Belas noites de entretenimento tenho tido à custa desta verdadeira referência da nossa portugalidade (bendita caixa de DVD's comprada na Fnac). O mais curioso é que conforme vou avançando nos episódios, mais constato o quanto isto influenciou a minha formação enquanto pessoa adulta. Dos separadores manhosos com erros ortográficos, a pobreza dos cenários, a loucura dos textos, revejo-me em cada detalhe. Engraçado, este "O Tal Canal" explica claramente o porquê de ser de "Tal Ceita" e determinados blogues.
Hoje é noite de "O Tal Canal" lá por casa, tragam vinho e apareçam se assim vos apetecer!


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

o exercício

© Diogo Pimentao
Empli, 2010 performance, paper and graphite - 200 x 200 cm

O terror de uma página em branco. O cliché materializado numa ideia oposta ao motivo do acto de escrever. Assim se despoleta vontade de pensamento, talvez criativo, talvez meramente mecânico, do ponto de vista da experiência por si só, mas também da sua natureza enquanto objecto, vivência e processo.
Aparentemente temos já definida, a designada introdução, que encabeça qualquer texto/exercício do acto da escrita. Ainda o tema da folha em branco e respectivo terror do utilizador, perante a emergência do desenvolvimento de uma relação de afectividade, que se tornará dopante (sempre que os acasos da vida assim os provoquem); recorrendo às regras, do exercício em causa, pretende-se o desenvolvimento de algumas ideias, conceitos, palavras e demais temáticas, que nos conduzam a um determinado ponto do raciocínio. Torna-se claramente evidente a necessidade de discorrer sobre o ponto focado, no exercício de reflexão intelectual, associado à própria lógica deste mesmo processo criativo – o exercício.
O ponto da reflexão, exposta no acto da escrita, poderá tomar diferentes formas de ser (existir), consoante o objectivo de quem na efectividade do momento, se dedica à sua comprovação (ou não), sendo este o objectivo primário do exercício. A intersecção de todas as ideias lançadas pela escrita, define um ponto de entendimento, dentro de todo o percurso de raciocínio, o transcrito para o exercício e todo aquele arrumado no nosso pensamento. Esse ponto de entendimento do nosso próprio intelecto varia na sua posição e centralidade, consoante a filtragem, ou focagem daquela determinada e específica área de entendimento.
Por vezes, essa mesma área será difusa o suficiente para que mal se a consiga encontrar verdadeiramente – um género de onde tendencialmente se extraem os génios do acto da escrita -, podendo ser igualmente linear e definida e consoante o contexto, assumidamente técnica e/ou meramente funcional.
Usando uma fórmula repetida, mais um cliché naturalmente, em jeito de conclusão será claramente comprovar, resumir e reafirmar a validade, de todo o processo explanado durante o exercício. O cumprimento de uma necessidade, mediante um posicionamento emotivo, perante o confronto com uma página em branco.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Dita ensina...

Curto, directo e simples. Elas sabem perfeitamente o efeito que despertam em nós homens e fazem questão de nos mostrar sempre que podem, que o sabem e que sabem como nos deixar completamente desnorteados...
Sim, sabemos que sem voçês não seriamos nada, mas verdade seja Dita, ela sabe mais do que voçês falsas púdicas todas juntas! Meninos degustem-se com este spot, quanto às meninas, tirem apontamentos e aprendam a tratar bem de nós!


(aparentemente este post parece uma repetição de um anterior, mas sem dúvida que vale a pena insistir neste assunto, não acham?)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

I'm in love with a German film star...


Esta foi retirada das profundezas do baú das sonoridades. The Passions, foram uma das designadas bandas one-hit wonders dos anos 80. Em 1981, conseguem entrar para a história da música com este single I'm in love with a German film star. A ilustração, na pessoa de Marlene Dietrich aqui associada, surge por clara influência de todos aqueles que mais recentemente têm recuperado esta música, envolvendo-a em novos esquemas sonoros, à luz das tendências actuais. Sobre este mesmo assunto, poderão encontrar mais derivações sobre este mesmo tema num outro lugar...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Maquinanda Tónica

porque já não se fazem bandas de raparigas como antigamente e com o calor a apertar um gin tónico ia mesmo a calhar...



sexta-feira, 9 de julho de 2010

Galinhomaquinanda!

Há uns anos (antes de subir ao poleiro) o discurso era este, mas entretanto parece ter sido corrompido com o acesso ao lugar mais alto do galinheiro. Curioso como os problemas da nação eram os mesmos de agora, apenas os galos mudaram de posição, uns mais acima e outros mais abaixo... Como se sabe, quem está por cima canta de galo e a memória tem tendência a ficar curta, quando se tem acesso a tanto (aparente) poder. Assim de repente, o suposto macho dominante do galinheiro, passa a ter poderes (e vontades) de cobrir tudo o que se mexa, sempre com o intento de salvaguardar a subsistência da sua própria espécie (entenda-se, os socialistas, no que ao partido em si diz respeito). Os jobs for the boys do periodo guterreano, estão tão presentes neste período cor-de-rosa socratino, como na altura da legislatura de Guterres, apenas surgem é "travestidos", usando uma expressão do galo propriamente dito, por uma moldura de crise, recessão e de uma ideia de uma campanha (cabala ou cavala), contra a figura dominante do topo do galinheiro. Aliás, o negócio das panelas, dos paneleiros* mesmo, sempre andou de mãos dadas com a política, pois não se fazem caldeiradas sem tachos nem amigos, para partilhar a fartura e o lado bom da vida (nunca o modelo de uma democracia capitalista, foi tão próximo de um saco de milho).
Grão a grão enche a galinha o papo, capital a capital enche o político a conta do galinheiro e acrescento, este homem nunca teve dúvidas, apenas sofre de memória curta... como as galinhas!


Peço ainda atenção para este acrescento, em tom e género infantil, mas a letra pura e simplesmente resume todo o conceito acima descrito, nesta Galinhomaquinanda, é tudo uma questão de contexto...

Apenas uma outra reflexão, que sinto uma necessidade de aqui compartilhar: hoje tenho a certeza que não vou comer frango ao jantar.

* não se pretende ofender o bom nome e carácter moral da classe política moderna, nem as suas (livres) opções sexuais, com a utilização desta expressão; aos mais desatentos e desinformados (a generalidade da classe política lusa entenda-se), a rua dos paneleiros é um facto histórico comprovado, uma vez que assim era designada uma artéria da ribeira do Porto, em meados do séc.XVII/XVIII, devido à concentração de diversa actividade económica associada à manufactura de panelas. A toponímia da rua, partia do pressuposto da actividade económica à qual os seus habitantes se dedicavam, para garantir a sua subsistência; a actual rua da Flores, na mesma cidade, é uma das poucas que manteve a designação com o passar dos séculos. Nem sempre o que parece é, por isso não vale a pena empolarem a comparação, enviado uma espécie de lápis azul para este lado da blogosfera.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Maquinanda com dedo na ferida

Estas coisas (intervenções) não são mostradas pelos nossos media. Aliás, nada do que é discutido no parlamento europeu é devidamente disponibilizado ao povo português através dos nossos orgãos de comunicação social. A maior arma de uma ditadura democrática camuflada, é sempre a censura das fontes de informação, sempre que estas tocam com o dedo na ferida.
Aqui assistimos a uma bela reflexão sobre a Grécia, mas não nos é difícil imaginar este mesmo cenário aplicado a Portugal; até a questão do armamento é estranhamente familiar... de ir às lágrimas é a referência ao disparate que são os aumentos de impostos, para todos aqueles que ganham menos de 1.000 € por mês, que em Portugal é caso mais do que comum... (o IVA aumenta já na quinta-feira, as novas tabelas de retenção na fonte estão também fresquinhas e prontas a usar por todos nós).

O desacreditar das instituições democráticas, ultrapassa as fronteiras de Portugal, chegando a esse messias chamado União Europeia! São todos farinha do mesmo saco, todos eles partilham os mesmos interesses (ainda e sempre económicos), movendo-se nos bastidores dos supostos orgãos democráticos, que teimosamente insistimos que controlem as nossas tristes e reprimidas vidinhas de carneiro, num qualquer rebanho ocidental.
Vergonha é que estas acções ilícitas e com interesses manifestamente económicos, que buscam sempre e acima de tudo o lucro à custa dos mais fracos e desprotegidos, estejam a utilizar o berço da democracia, a Grécia para os mais desatentos, para colocarem em prática acções que em breve vão ser aplicadas aos restantes países "entalados" do mundo ocidental.

Meus caros senhores com cargos e assentos na pesada máquina democrática moderna, a gula é um pecado mortal e nunca se esqueçam que quem tudo quer, tudo perde...




e não, esta reflexão não tem qualquer intento revolucionário! Para isso temos o assunto das Scuts e Chips, mas isso já é outra conversa...

sábado, 26 de junho de 2010

Esta mulher tem um certo élan...

élan

e sim, estou um verdadeiro sentimentalóide nesta madrugada, mas porque pura e simplesmente me apetece!

ainda mais élan...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O fabuloso destino de Maquinanda

em jeito de mote para uma nova fase, a da renovação gráfica, (sugerida a dois tempos, com possibilidade de mais alguns actos), um imagem continua a valer mais do que mil palavras.
assim sendo, nada melhor que duas imagens, que terão certamente um valor igual ou superior a duas mil palavras.

a escrita continua a ocupar mais tempo na nossa mente do que o carácter instantâneo e imediato das fotografias; pela falta de tempo, pela mente ocupada dos desafios dos últimos meses da minha vida, muito fica por dizer, tanto fica por escrever...
haveremos de ter tempo, haveremos de conseguir criar tempo, caro efervescência da mente.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Belle Chase Maquinanda



Naquela praça suja com merda de pombo,
patrulhada pelo sexo,
ele chega às quatro
polindo o sapato
p'ra vender o seu amplexo

E os homens passam,
notam seu bigode,
mas na coxa se extravasam.
Veio sua amiga,
a loira José,
convidando para o café.

E ao segundo brande,
já José se expande,
esboroando seu baton:
"Amanhã não estaremos aqui,
veja se bebe um pouco e sorri
tira esses olhos do chão!
O futuro é lindo: eu já vi!
E o avião vai directo para lá!
Vamos embora dessa aflição!".

E Manuel morena
tomou os seus calmantes
por causa dos joanetes.
E disse cansado que estava assustado
pois nunca tinha voado:
"E se há um acidente?
E se o passaporte?
Será que não sentes o medo da morte?
Me dá um cigarro!
Me dói a cabeça!
P'ra quê tanta pressa?
E a depilação?".

"Amanhã não estaremos aqui
veja se bebe um pouco e sorri
tira esses olhos do chão!
O futuro é lindo: eu já vi!
E o avião vai directo para lá!
Vamos embora dessa aflição!".

No dia seguinte
num canto da praça
quem passou podia ver
duas prostitutas tão deselegantes
acenando p'ra você.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Fado Electro Pop Maquinanda (with aliens)!!

Esta Maquinanda desenvolve-se em dois actos distintos: num primeiro momento, um dos mais bizarros e ao mesmo tempo deliciosos fados de Amália, de nome O Senhor Extra-Terrestre, que conta com a letra de outro grande génio, Carlos Paião. A letra é de ir às lágrimas, numa mistura de ode à era espacial meets a típica vidinha quotidiana nacional.
O segundo acto, surge da recente edição de um álbum de tributo a Carlos Paião, onde os Mesa pegam precisamente neste mesmo tema, dando-lhe um embrulho electrónico e pop como só eles poderiam ser capazes de fazer, devolvendo esta música ao século XXI.

Primeiro acto:



Segundo acto:

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Maquinanda em Cubo

A recuperação de momentos da nossa história enquanto nação, memória e identidade, tem vindo a afirmar-se como uma necessidade de cada um de nós, surgindo quase sempre como uma reacção ou até mesmo associado a um momento de impulso.
O nosso passado recente conjunto, entenda-se Portugal, mostrou-nos que a nossa sociedade é constituída, no que ao seu funcionamento estrutural diz respeito, de ciclos; ciclos esses que se repetem de uma forma constante, onde apenas os protagonistas se vão sucedendo e que nos provam que a alteração não foi tão radical quanto nos poderia parecer à primeira vista. Afinal, à 34 anos que assumimos verdadeiramente a nossa forma de ser, como povo português que somos, mas no fundo, na maioria dos aspectos continuamos na mesma. Na merda portanto!

Ivone Silva em 1983 já falava deste modo, num texto tão actual como as líricas de Zéca Afonso. Cada um à sua maneira é certo, mas ambos tão acutilantes como presentes.

"Porque digam o que disserem, as doutrinas das estatísticas sinceras da nação, Há para aí muito menino a roçar o cubo pelas esquinas, e não conseguem achar uma solução!"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

E mais não disse...

"I don't have any friends in the music business. I feel completely detached from the celebrity world, you never see me falling out of nightclubs.

You see legendary people taking out their trash, I think it's destroying showbusiness.

I would rather die than have my fans not see me in a pair of high heels. I'd never give up my wigs and hats for anything."

- lady gaga

mas afinal até disse mais... este artigo saiu na revista Pública de 18 de Abril de 2010 : ler aqui

sábado, 13 de março de 2010

Maquinanda disposta segundo as Leis do Acaso.

HANS (JEAN) ARP
Colagem com Quadrados dispostos segundo as Leis do Acaso. 1916-17.
Colagem de papéis de cor, 0,485 x 0,346 m.
The Museum of Modern Art, Nova Iorque (compra)


"Hans Arp (1987-1966), um dos primeiros membros do movimento, criou uma nova espécie de colagem, cujos elementos - pedaços de papel de cor rasgados e não cortados - ficavam dispostos "segundo as leis do acaso". Arp começava estas composições deixando cair os pedacinhos de papel sobre uma folha maior e depois ajustava cautelosamente essa configuração "natural". A tarefa do artista, segundo ele, era "corteja a Musa do Acaso", solicitando-lhe aquilo a que ele chamava "concrecções orgânicas" (não gostava do termo "abstracção", que implica disciplina e uma finalidade consciente, e não uma mera dependência de acaso feliz).
Esta irreverência e espontaneidade são igualmente os impulsos por detrás dos "Ready-Mades" ("prontos a usar) de Duchamp, que o artista criava transferindo simplesmente os objectos do contexto utilitário para o estético. Mas o principio em si - o de que a criação artística não depende de regras estabelecidas, nem da habilidade manual - é uma descoberta importante, a que nos referimos quando analisámos a Cabeça de Toiro, de Picasso."

in.: Jenson, H. W. (Horst Woldemar) - História da Arte - 4ª Edição - pág. 693. Fundação Calouste Gulbenkian. 1989. ISBN: 972-31-0498-9

O wikipédia tem demasiado ruído, nada como um bom livro técnico da coisa. Uma descoberta segundo as leis do acaso, guiados por um livro aleatório. A Maquinanda musa, surge pregada num vulgar, reles e amarelo post-it...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Depois da Manela, agora o Mário...

não existe qualquer necessidade de acrescentar mais nada, para além do testemunho do jornalista em causa! cada vez mais me convenço que vivemos num país de merda...

O Fim da Linha
Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicado hoje (1/2/2010) na imprensa.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Maquinanda de Pandora - Parte I

Aqui a parte I, porque certamente depois da abertura daquela que é a verdadeira Caixa de Pandora, que foi a gestão do executivo camarário socialista dos últimos 16 anos em Espinho, a cada semana mais um escândalo aparece na imprensa. Pinto Moreira, o recém eleito presidente de Câmara social democrata, tem vindo a tropeçar em vários pedregulhos, nesta sua exploração inicial do estado da autarquia da designada "Pérola da Costa Verde". A última surge hoje um pouco por toda a imprensa, e dá pelo nome de "RTP considera "inatacável" decisão do Governo de não reconhecer fundação que gere Multimeios", e é a mais recente catástrofe saída da caixa de Pandora que foi a governação de José Mota em Espinho nestes últimos anos. Ao que parece, a "Fundação" (daqui para a frente sempre entre aspas), afinal não é tão legal como seria suposto ser, pois nunca foi reconhecida pelo Estado! (mais uma daquelas que não dá para acreditar...)
Para os espinhenses nunca foi dúvida, que a dita "Fundação" Navegar, pouco ou nada fez para cumprir os seus supostos objectivos e passo a citar, passavam pela "divulgação, a promoção e o desenvolvimento da cultura, das artes e do conhecimento científico, designadamente na área do Município de Espinho, bem como o apoio e acções educativas de formação e lazer que se enquadrem nos mesmos fins". A sua marca na cidade sempre foi extremamente reduzida, ou até mesmo nula, não assegurando minimamente qualquer tipo de papel de agente de divulgação científica e cultural; as suas actividades sempre foram de elevada descrição e de impacto questionável, no tecido socio-cultural da cidade, até porque sempre passaram desprecebidas à esmagadora maioria dos espinhenses.

A suposta gestão de um equipamento de importância estratégica para o concelho, como foi e deve ser o Centro Multimeios, que deveria passar pelo apoio à arte, cultura e ciências, nunca passou do papel, ou melhor dizendo do seu prório site, contando-se pelos dedos das mãos (senão mesmo até de uma única mão), os eventos que ali tiveram lugar, que alguma validade trouxeram à população local. As actividades que ali aconteceram fora do suposto funcionamento normal da "fundação", e dou como exemplo o Festival de Música de Espinho ou o Cinanima - Festival Internacional de Animação de Espinho, sempre garantiram a animação e vivência do espaço por parte da população, sendo unicamente neste contexto que o edifício funcionou em toda a sua plenitude e potencial. Não resisto ainda a acrescentar um detalhe delicioso, que estes eventos ali se realizaram, porque os responsáveis pelos mesmos pagavam (e continuam a pagar) a ocupação do respectivo espaço, uma vez que a "Fundação" Navegar, entendeu sempre cobrar pela disponibilização de um espaço construído com dinheiro público e supostamente gerido com o intuito de servir a população. Com a criação da pomposa "Fundação" Navegar, que sustento trouxe a determinados filhos e conhecidos de parte da equipa autárquica socialista local, conseguiu-se "elitizar" este mesmo espaço, ao não permitir que qualquer iniciativa, que não fosse organizada ou dinamizada por "fulaninho amigo de cicrano do executivo camarário da época", imediatamente era recusada e muito menos apoiada de algum modo. Como consequência desta "elitização" egocêntrica e como a equipa da dita "fundação" sempre deixou muito a desejar, nomeadamente no que toca às suas próprias competências profissionais, habilitações e motivações pessoais, rapidamente o edifício, perdão, a "Fundação" se tornou em mais uma bela despesa sem grande retorno. Aliás, se a "Fundação" Navegar é agora considerada ilegal, que justificação existe para os diversos orçamentos com que funcionou anualmente? Fundos dos quais, parte deles certamente sairam dos cofres da Câmara de Espinho; se a legalidade da dita instituição é agora posta em causa, depois desta cada vez mais frutuosa abertura da caixa de Pandora após a épica derrota eleitoral de José Mota, até que ponto o dinheiro entregue à "Fundação" Navegar lhe seria legítimo? Não deveria esse dinheiro ser devolvido? Quem deverá ser responsabilizado por este facto?
Quem deveria ser responsabilizado temos todos nós que tentamos viver nesta triste de desgastada cidade, uma vaga ideia de quem seja, mas como os derrotados socialistas às autárquicas ganharam prémios de consolação do governo de Sócrates, em forma de altos cargos de estado (tipo assim de repente Governador Civil de Aveiro...), o assunto deverá ser rapidamente esquecido...

Esta é só mais uma das vergonhas que o socialismo despótico deixou em Espinho. Não convém esquecer que para além de uma "Fundação", temos agora uma nova Biblioteca Municipal (inaugurada estratégicamente nas vésperas das eleições autárquicas de 2009), mas que curiosamente não tem livros, não tem luz. ou seja está inaugurada, mas não é utilizável. Já para não falar no FACE (Fórum de Arte e Cultura de Espinho), que acredito possa ser mais uma espécie de "fundação" Navegar... E claro, continuamos todos a ter de ver zona nobre da cidade geminada com Bagdad, pois as obras de requalificação da superfície, após "a obra do século", segundo José Mota que foi o enterramento da linha férrea, também parecem estar condenadas a esperar mais uns anos. Construir grandes equipamentos públicos, mas não fazer a mínima ideia de como os gerir e rentabilizar, parece ter sido o prato forte do executivo de José Mota, que quando tentou fazer alguma coisa bem, fundou "Fundações" absurdas e entregou mais aos mesmos do costume.

E isto meus caros, é só um apontamento do que se passa no nosso pequeno meio, após a abertura da verdadeira Caixa de Pandora.