sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Maquinanda (sem portagem) em 1000 kms!

- Eixo norte-sul (todo)
- A1 (entre Lisboa e Alverca)
- A2 (entre Lisboa e Coina)
- A5 (entre Lisboa e Porto Salvo/Oeiras)
- A8 entre (Lisboa e Loures)
- A23 (toda)
- IC2 (todo, entre Lisboa e Póvoa de S.ta Iria)
- IC2, (todo, entre Almada e a Costa de Caparica)
- IC17/CRIL (todo)
- IC19 (todo, entre Lisboa e Sintra)
- IC21 (toda, entre Coina e o Barreiro)
- IC32 (toda, entre a A2 (Coina) e Alcochete)

Ora aqui estão alguns exemplos de estradas com perfil de auto-estrada, na zona da Grande Lisboa, que prefazem cerca de 1000 kms, onde não se paga portagem, nem se prevê que venha a acontecer. Percebe-se, é uma região desfavorecida do país, com poder de compra muito abaixo da média nacional...
O mais romântico deste conceito de discriminação positiva, é que por terras da capital o conceito de IC (Itinerário Complementar) continua a existir, ao passo que no Norte (essa terra de gente rica), os IC's desapareceram de um dia para o outro, sendo substituídos por Auto-Estradas; não se construíram vias novas, apenas e só trocaram as placas por umas novas azuis a dizer A29 (ex IC1), A28 (ex IC2) e A41 (ex IC24), numa clara manobra visionária deste governo! Já para não falar de certos de determinados troços, agora portajados, que foram construídos sobre antigas estradas municipais e estradas nacionais. Os moradores da zona de Francelos (V. N. Gaia), que o digam, que perderam a EN 109 com a construção do antigo IC1 (actual A29), exactamente por cima do seu traçado anterior e agora se vêem obrigados a pagar portagem para levar as garrafas à reciclagem, ou os miúdos à escola. Isto já para não falar que todos os condutores que tentam escapar a primeiro portal da A29 (sentido Gaia - Aveiro), acabam inevitavelmente por passar às suas portas, numa verdadeira alternativa com piso em paralelo e com uma largura em alguns pontos superior a 5 metros (ainda bem que esta freguesia no limiar da ruralidade não tem passeios para os peões...).
Mas os casos estranhos não se resumem à população de Francelos, acho que ainda ninguém se apercebeu que os habitantes de Espinho, para se deslocarem ao seu hospital, o centro hospitalar Espinho/Gaia (em Vila Nova de Gaia, porque o serviço de urgências de Espinho foi encerrado), apenas têm como caminho para lá chegar, pasmem-se... a A29!! Ou seja, em caso de urgência hospitalar, convém ter uns trocos no bolso ou um DEM, para pagar a taxa aos bombeiros ou aos senhores do INEM!

De facto, neste país das maravilhas, uns são filhos e outros são filhos da puta...

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