sexta-feira, 9 de julho de 2010

Galinhomaquinanda!

Há uns anos (antes de subir ao poleiro) o discurso era este, mas entretanto parece ter sido corrompido com o acesso ao lugar mais alto do galinheiro. Curioso como os problemas da nação eram os mesmos de agora, apenas os galos mudaram de posição, uns mais acima e outros mais abaixo... Como se sabe, quem está por cima canta de galo e a memória tem tendência a ficar curta, quando se tem acesso a tanto (aparente) poder. Assim de repente, o suposto macho dominante do galinheiro, passa a ter poderes (e vontades) de cobrir tudo o que se mexa, sempre com o intento de salvaguardar a subsistência da sua própria espécie (entenda-se, os socialistas, no que ao partido em si diz respeito). Os jobs for the boys do periodo guterreano, estão tão presentes neste período cor-de-rosa socratino, como na altura da legislatura de Guterres, apenas surgem é "travestidos", usando uma expressão do galo propriamente dito, por uma moldura de crise, recessão e de uma ideia de uma campanha (cabala ou cavala), contra a figura dominante do topo do galinheiro. Aliás, o negócio das panelas, dos paneleiros* mesmo, sempre andou de mãos dadas com a política, pois não se fazem caldeiradas sem tachos nem amigos, para partilhar a fartura e o lado bom da vida (nunca o modelo de uma democracia capitalista, foi tão próximo de um saco de milho).
Grão a grão enche a galinha o papo, capital a capital enche o político a conta do galinheiro e acrescento, este homem nunca teve dúvidas, apenas sofre de memória curta... como as galinhas!


Peço ainda atenção para este acrescento, em tom e género infantil, mas a letra pura e simplesmente resume todo o conceito acima descrito, nesta Galinhomaquinanda, é tudo uma questão de contexto...

Apenas uma outra reflexão, que sinto uma necessidade de aqui compartilhar: hoje tenho a certeza que não vou comer frango ao jantar.

* não se pretende ofender o bom nome e carácter moral da classe política moderna, nem as suas (livres) opções sexuais, com a utilização desta expressão; aos mais desatentos e desinformados (a generalidade da classe política lusa entenda-se), a rua dos paneleiros é um facto histórico comprovado, uma vez que assim era designada uma artéria da ribeira do Porto, em meados do séc.XVII/XVIII, devido à concentração de diversa actividade económica associada à manufactura de panelas. A toponímia da rua, partia do pressuposto da actividade económica à qual os seus habitantes se dedicavam, para garantir a sua subsistência; a actual rua da Flores, na mesma cidade, é uma das poucas que manteve a designação com o passar dos séculos. Nem sempre o que parece é, por isso não vale a pena empolarem a comparação, enviado uma espécie de lápis azul para este lado da blogosfera.