quarta-feira, 28 de março de 2012

Crise na Fruticultura (uma espécie de Maquinanda desportiva)

Segundo esta notícia, os árbitros admitem recorrer à greve na 26ª jornada da Liga de futebol portuguesa, caso e passo a citar "não exista contenção verbal por parte de dirigentes, jogadores e treinadores". Este ataque às arbitragens está enraizado na nossa cultura de futebol clubístico, regional, pequenino e na sua maioria fútil e gratuito, mas assumiu novos contornos com a revelação na web dos dados pessoais de alguns destes senhores árbitros.
Ora muito arreliados com a situação, pois agora qualquer Super Dragão ou No Name Boy sabe onde encontrar o desgraçado que apitou determinado jogo, ameaçam agora paralisar o campeonato nacional de futebol! Mas que grande prejuízo vai sofrer a nossa nação com esta paralisação, estou efectivamente e profundamente preocupado! Jorge Jesus ontem deu na entender que futebol sem jogadores não é possível, mas que sem árbitros... Não o disse, mas deu a entender e eu concordo! Não me parece legítimo que esta classe profissional já de si altamente privilegiada, venha agora com despender o nosso tempo com esta questão. Tal como disse o sábio Passos Coelho, a emigração é serventia desta nação! Se estão mal, pois mudem-se. Existe alguma coisa que impeça a árbitros estrangeiros de apitar jogos cá? Ou os árbitros portugueses de irem arbitrar jogos em outros países europeus? Pensem nisto meus senhores e deixem de se queixar, que voçês ganham mais do que a maioria dos portugueses. Aliás, nos tempos da fartura da fruta, nunca se queixavam (com a clara conivência dos ditos clubes maiores) e agora que a crise chegou ao mercado da fruticultura, andam para aí a chorar que nem umas marias madalenas...
Poupem-nos ao vosso drama e preocupem-se com coisas efectivamente importantes (como o facto de as finanças recusarem a entrega das declarações de IRS aos invisuais por causa de mais uma burocracia, com o Kony, com as maminhas novas da Fanny ou até mesmo com os incêndios que tomam conta das nossas matas em pleno mês de Março) .
O nosso futebol e respectivos intervenientes (clubes, jogadores, dirigentes, agentes desportivos, etc.) já é demasiado camorriano e ao mesmo tempo insignificante, para andarem com estas percas de tempo.
Como vamos nós sobreviver sem árbitros de futebol na jornada 26? Não sei, mas também não estou muito preocupado. Eu no futebol gosto do que se passa dentro das quatro linhas, tudo o que aconteça fora não me desperta o mais pequeno interesse.

Sem comentários: